24 abril 2008

25 de Abril lá longe



De quando em vez a memória traz-nos essa data ao presente, mas depressa se vai.

Eu sei que era um chavalo e pouca compreensão da vida ainda tinha adquirido,era o ficar pela 4ºclasse, se eras remediado lá tinhas a escola industrial no Barreiro ou Montijo,para alguns, poucos,era o liceu de Setúbal, mas uma coisa eu (toda essa geração)sabia(-mos), a guerra colonial espreitava, um garrote que nos apertava o peito e a esperança de vida.
É um conflito comigo mesmo querer lembrar a data e o que de mais puro ela representou,com todas as suas ingenuidades e muitas certezas feitas por mim, por ti, tão puras, que parecíam estar ali mesmo ao virar da esquina.Toda a gente te cumprimentava como se já fosses um velho amigo.Nesses tempos chamados de PREC , tu eras chamado a tomar as decisões que pensaste ir decidir a tua (a nossa) vida.Foste activista político, dirigente sindical, dirigente associativo,eras cidadão. Eras solidário por prazer e vontade de ajudares os mais "fracos" (se eles soubessem a força que têm).Foi o tempo em que a principal operação da matemática da sociedade era a divisão.
Não quero dar como dado adquirido que dessa data apenas resta o dia no calendário.

20 abril 2008




Eis aqui nós dois perantados, para escrevinhar aquilo que nos vai na alma, e tudo o que nos criar raiva e revolta.

Não prometemos ser pontuais com a actualidade, mas sim, com as nossas dores.

Sabemos que o que nos destinaram foi só restos e remendos e algumas côdeas para sobreviver,e tudo o mais que não tem remédio.

É contra este estado de coisas que vamos vociferar algumas frases ou até textos mais ou menos elaborados (não se pode esperar muito de quem acabou a 4ª classe á noite). Serão sempre gritos de dor e revolta.

Vivemos entre o Barreiro e Palmela e é daqui que iremos lançar os nossos desabafos, umas vezes acampados na serra do Louro a entrar pela serra da Arrábida outras vezes sentados na muralha da praia do Rosárinho,não esquecendo tantos outros lugares na nossa zona tais como a avenida da praia no Barreiro ou os cais de Alhos Vedros e o da Moita.
Poderemos ir ao Castelo de Palmela assim como ao pinhal de Coina onde se encontra as mães dos que nos martelam a cabeça (sem ofensa para quem do sexo faz o seu meio de subsistência).

Vamos andar por aí.

............... Os Primeiros Passos

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Com os pés assentes na terra mas dispostos a meter muita água